Aos pés da Cordilheira dos Andes, há um pedacinho de Argentina ainda pouco explorado pelos turistas brasileiros: o Norte da Argentina. Acostumados a visitar a cosmopolita Buenos Aires, curtir a neve de Bariloche e as vinícolas de Mendoza, os viajantes que quiserem ir além vão se surpreender com lindas paisagens, gastronomia única e vinhos excelentes.
A região tem um quê de Deserto do Atacama, no Chile, especialmente na paisagem árida, em tons de marrom. Há também um pouco da vizinha Bolívia, em museus repletos de artefatos dos povos originários e nas feições dos simpáticos moradores locais que recebem – muito bem – os turistas.
Separe um tênis confortável (de preferência escuro, para disfarçar a poeira), protetor solar e labial e roupas de frio, já que a região costuma ter, pela manhã, temperaturas perto dos 10ºC.
Há muito o que desvendar por ali. Tanto que, de julho a setembro, a Aerolíneas Argentinas vai operar um voo direto entre São Paulo e Salta, a principal cidade da região. Confira cinco motivos para querer reservar JÁ as suas passagens para lá:
Paisagens extraordinárias
Às vezes, a sensação é de que você está num cenário digno de aventuras no espaço, com formações rochosas em tons de vermelho. Em outros pontos, a imensidão dos vales faz você se sentir pequeno. Uma curva depois e tudo já mudou, com planícies repletas de cactos. As estradas no norte da Argentina não só ligam uma cidade a outra, mas fazem parte do passeio, com suas paisagens estonteantes (sem exagero!). As estradas – e os mirantes – são bastante frequentados por grupos de motociclistas: vale viajar com calma, observando as paisagens ora desérticas, ora com vales, lagos e vegetação densa.
Esses diferentes microclimas são resultado, principalmente, das variações de altitude. Falando em altitude, faltou ar ou a cabeça pesou? Uma boa dica é mastigar folhas de coca, como os locais, para aliviar o mal-estar.
Deserto de sal
O salar de Salinas Grandes, na província de Jujuy, é o segundo maior da América Latina, e infinitamente mais vazio e reservado do que o primo famoso, o boliviano Uyuni. A paisagem tem quilômetros de um chão duro e áspero inteiro de sal, a perder de vista, resquício do que um dia foi fundo do mar.
Para quem busca uma experiência mais exclusiva, há um glamping com apenas quatro acomodações no meio do deserto, o Pristine Camps. Com restaurante aberto ao público, a dica é fazer reservas para o almoço (com bastante antecedência!), para passar o dia saboreando pratos típicos e vinhos locais.
Tradições
Uma das belezas do noroeste argentino são as tradições. Em todo canto, há traços da cultura dos povos originários, seja nas vestimentas, na culinária ou nos objetos de artesanato e decoração. Há diversos museus para quem quiser se aprofundar na história da região, transmitida com entusiasmo também pelos moradores. Dá para trazer boas lembranças autênticas na mala: há boa variedade de artesanato feito de lã de alpaca e cerâmicas – tudo muito colorido. É imperdível a visita ao território sagrado dos Quilmes, sítio arqueológico que preserva as características originais do povoado, que chegou a ter mais de 10 mil habitantes. Hoje, a terra é administrada pela própria comunidade de descendentes, e há um Museu que apresenta a história dessa população.
Vinhos de altura
Os vinhos argentinos são famosos no Brasil, mas os vinhos de altura, como são chamados os provenientes do norte, são mais difíceis de encontrar fora da Argentina – ao menos por enquanto. Únicos em complexidade e cores, eles têm acidez marcada por dois fatores inerentes daquela região. O primeiro é a altitude em que as uvas são cultivadas, a mais de 2 mil metros acima do nível do mar, com intensa incidência solar. O segundo é a amplitude térmica, com temperaturas muitas vezes abaixo de zero durante a noite e calor ao longo do dia. É possível prová-los na fonte depois de ver de perto sua produção, em visitas guiadas pelas vinícolas.
Gastronomia
O norte argentino tem pratos e hábitos alimentares bem diferentes dos de Buenos Aires. As tradicionais empanadas estão por toda a parte, é claro, mas disputam a atenção com as receitas à base de batatas (há pelo menos 27 tipos do tubérculo na região), milho, lentilhas e carne de lhama. Esta última é preparada em ensopados, bifes e até mesmo em carpaccios finíssimos e bem temperados. Vale dar uma chance também aos doces típicos, como o quesillo com cayote (espécie de compota de uma fruta local), o flan (bem parecido com o nosso pudim de leite condensado), merengues e receitas com doce de leite.
Como chegar: Na temporada de inverno 2022, a Aerolíneas Argentinas vai operar voos diretos a partir de São Paulo para Salta e, com parada em Buenos Aires, para os aeroportos de Jujuy e Tucumán. Com a CVC: A CVC tem pacotes exclusivos para a região, com hospedagem, aéreo e passeios. Converse com o seu agente CVC ou visite uma de nossas lojas. |