Os pets já alcançaram o status de membros da família, né? E, muitas vezes, eles nos acompanham nas viagens de avião, por motivos diversos.
De acordo com as normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), o transporte de animais é cobrado à parte e o dono precisa reservar a passagem do bichinho com antecedência e comunicar à companhia aérea, uma vez que há um limite de animais transportados por voo – a Azul, por exemplo, leva até três animais na cabine em voos domésticos e cinco em internacionais.
Para facilitar a organização da viagem aérea com seu pet, a CVC preparou um guia com informações importantes que você precisa saber. Veja a seguir.
7 dicas para viajar com seu pet de avião:
Transporte na aeronave
Há três maneiras de animais serem transportados nos aviões. Cachorros e gatos podem viajar na cabine, junto de seus donos. Para isso, devem ficar dentro de uma caixa arejada com tamanho específico, em que ele consiga fazer uma volta de 360º sobre seu corpo. O peso máximo (pet + caixa de transporte) não pode exceder o peso de 7 kg (Latam) ou 10 kg (Azul e Gol). Os bichanos viajam embaixo da poltrona da frente dos seus donos, que, por causa disso, não podem viajar na primeira fileira e nem na saída de emergência. Os animais devem permanecer dentro da caixa durante todo voo.
Cães e gatos com até 30 kg viajam em um compartimento exclusivo para animais, na parte inferior da aeronave, próximo das bagagens.Pode ficar tranquilo: o compartimento é iluminado e despressurizado. Eles também têm que estar dentro de uma caixa em que consigam dar uma volta de 360º sobre o corpo e seus donos precisam estar embarcados na mesma aeronave. Em tese, a viagem para os pets é até mais tranquila no bagageiro, afinal, a caixa pode ter uma tamanho maior e eles ficam livres do falatório do cheiro de comida da cabine. Os animais são sempre colocados por último e são os primeiros a serem desembarcados (e não vão para a esteira de bagagem).
Outros animais, cães e gatos com mais de 30 kg ou que viajem sem seus donos devem voar em um avião de carga.
Vale reforçar que, em qualquer um dos modos de transporte, o pet paga uma taxa de embarque por trecho. Então, se o voo tiver uma conexão, por exemplo, o bichano paga duas taxas.
Cada viajante pode levar apenas um animal na cabine e no máximo dois no bagageiro. Menores de 12 anos que estejam viajando sozinhos não podem levar pets.
Embarque com animais braquicefálicos
Antes de reservar uma passagem para animais braquicefálicos – os que têm focinhos curtos –, verifique se a companhia aérea permite o seu embarque. Esses animais, de raças como pug, buldogue e pequinês, não se dão bem com variações de temperatura e pressão por causa da anatomia do focinho.
Caixa de transporte/Kennel
Antes de mais nada, é preciso deixar claro que nenhuma companhia aérea fornece a caixa, esse é um item de total responsabilidade do viajante. Para o mínimo de conforto e segurança, deve-se observar alguns requisitos: as dimensões da caixa devem permitir que o animal fique de pé e consiga dar um giro de 360º ao redor de si mesmo. O material deve ser rígido, resistente a impactos e a eventuais fugas. Deve haver aberturas de ventilação e o piso deve absorver ou conter urina e fezes. A caixa ainda precisa ter um etiqueta de identificação com nome, endereço, telefone e e-mail do proprietário.
Idade mínima para o animal viajar
Cheque com a companhia aérea com quanto tempo de vida os pets estão autorizados a viajar. Entre as aéreas brasileiras, a Latam e a Azul permitem que viajem cães e gatos com quatro meses e que tenham desmamado a até cinco dias antes da viagem. Na Gol, o tempo mínimo sobe para seis meses.
Cães-guia
Passageiros com deficiência visual podem embarcar com um cão-guia na cabine; nesse caso, fora da caixa de transporte, mas com coleira. Também há a cobrança da taxa. A carteira de identificação do animal deve conter: nome do passageiro e do animal, nome do centro de treinamento ou do instrutor do animal, CNPJ do centro de treinamento, CPF do instrutor e fotos do passageiro e do cão-guia. O cão deve viajar com uma plaqueta com o nome do passageiro e do animal, nome do centro de treinamento ou do instrutor do animal, CNPJ do centro de treinamento e o CPF do instrutor. Contate a companhia aérea pois cada um tem exigências específicas.
Documentação necessária
Para viajar com o animal de estimação, é preciso apresentar uma série de documentos que podem variar de uma companhia aérea para outra.
Voos nacionais:
1 – Atestado sanitário: preenchido por um veterinário, deve mostrar que o pet está em boas condições para viajar. O atestado tem validade por 10 dias após a sua emissão. O documento precisa ter o nome do proprietário e informações do animal de estimação: nome, idade, origem, raça e pedigree (se houver). No caso do pet ser fruto de um cruzamento com um animal braquiocefálico, essa informação deve constar no documento.
2- Carteira de vacinação antirrábica: obrigatória para pets com mais de três meses. Na primeira vez em que é aplicada, o pet só pode viajar após 30 dias. Já as doses de reforço não exigem os 30 dias de incubação. No documento deve constar o laboratório produtor, a categoria da vacina, o número da ampola, o carimbo e a assinatura do veterinário que a aplicou.
3 – Passaporte para trânsito de cães e gatos (opcional): o documento é individual, intransferível e vale por toda a vida do animal. No caso de trânsito exclusivamente interno, o registro e a assinatura, feito por um veterinário, é de 30 dias a contar da data do registro e assinatura no documento. O passaporte pode substituir o atestado sanitário em voos nacionais. O documento pode ser tirado gratuitamente através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Voos internacionais
1 – Atestado sanitário: valem as mesmas informações requeridas para os voos nacionais.
2 – Carteira de vacinação antirrábica: valem as mesmas informações requeridas para os voos nacionais.
3 – Passaporte para trânsito de cães e gatos (opcional): a única diferença em relação aos voos nacionais, é que o registro e assinatura do veterinário deve ser feita 10 dias antes do embarque.
4 – Certificado Veterinário Internacional (CVI) e Certificado Zoosanitário Internacional (CZI): são documentos que comprovam o atual estado de saúde do pet e se está apto para viajar. Eles têm validade de 60 dias contados a partir da data de emissão. Para a emissão do documento, é preciso comparecer a uma das unidades da Vigilância Agropecuária Nacional (Vigiagro) ou na Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de seu estado.
Antes de fazer uma viagem internacional, certifique-se que pets podem ser transportados para o país de destino, pois há algumas restrições e elas são dinâmicas. Os Estados Unidos, por exemplo, desde 2021, devido a um surto de raiva, impõem restrições a voos oriundos de países onde a doença também apresenta altos índices, como o Brasil. Há algumas companhias que não viajam com pets para lá. Em outras, o pet precisa apresentar o Registro de Microship e Vacinação contra Raiva, emitida pela Center for Disease Control and Prevention (www.cdc.gov).
Importante: em voos nacionais e internacionais, não são aceitas as vacinas de campanhas de rua, pois não há registro do laboratório produtor, da categoria da vacina, do número da ampola, do carimbo e assinatura do veterinário que a aplicou.
Preparando o pet para a viagem
É normal que o pet fique bastante agitado durante a viagem de avião. Listamos algumas medidas que podem ser tomadas para atenuar possíveis problemas:
– Dias antes de viajar, comece a fazer uma ambientação com a caixa dentro de casa, colocando petiscos dentro dela, brincando com o pet, colocando uma caminha e fazendo com o animal faça suas refeições dentro da caixa.
– Feche a caixa e aumente gradativamente o tempo de permanência do bicho dentro dela.
– Leve-o para passear de carro com ele dentro da caixa.
– Leve-o para tomar um banho e corte as unhas.
– Se o pet for viajar no bagageiro, despeça-se dele do jeito que você costuma fazer quando sai de casa.
– Forre a caixa de viagem com um tapete higiênico e uma roupa/cobertor que ele conheça.
– Pratique atividades com ele no dia da viagem para deixá-lo com sono durante o voo.
– Faça-o beber bastante água e alimente-o com duas ou três horas de antecedência do voo.
– Escolha viajar em um horário em que ele costume ficar mais tranquilo.