O que fazer em Salvador em três dias? Veja um roteiro para curtir a cidade na baixa temporada

Depois que o Carnaval passa, fica muito mais acessível e tranquilo viajar a Salvador, um dos destinos preferidos dos clientes CVC.

É uma cidade que pode ser visitada o ano todo, tanto para pegar praia quanto para visitar museus e construções históricas, comer em restaurantes deliciosos e sentir a vibração da cultura afro-brasileira, tão forte na cidade. 

A seguir, montamos um roteiro de três dias para explorar os encantos dessa metrópole nordestina. Para adquirir sua passagem e reservar seu hotel, é só falar com um agente CVC.

Dia 1 – Pelourinho, Sé, Comércio e Bonfim

Igreja e Convento de São Francisco: uma das mais ricas em ouro no Brasil

Para início de conversa, tem tanta coisa para se fazer no Centro Histórico de Salvador que o ideal seria passar dois dias por lá, subindo e descendo as ladeiras do colorido Pelourinho para explorar as dezenas de igrejas, lojas, ateliês e museus com mais tranquilidade.

Mas aqui vamos nos concentrar na área central, focando no que é imprescindível.

Comece o seu dia chegando cedinho no Pelourinho e dirija-se ao Largo do Cruzeiro, endereço da mais bela igreja soteropolitana – a impressionante Igreja e Convento de São Francisco. Essa joia barroca é considerada uma das igrejas mais ricas em ouro do país. Um padre franciscano teria dito que “do pavimento ao teto não se vê uma pequena face de parede nua”. A igreja não fica apenas na opulência do ouro, em seu claustro chama a atenção os painéis de azulejaria portuguesa que retratam cenas pagãs.

Em alguns passos, chega-se no Terreiro de Jesus, principal praça do Pelourinho. Das três igrejas, vale conhecer a Catedral Basílica com azulejos portugueses, as 50 mil folhas de ouro nos 13 altares e seu alto teto em relevo. Ao lado da Catedral, o Museu Afro-Brasileiro é o eleito para ser visitado com apenas um dia no centro. O museu funciona no endereço que abrigou a primeira faculdade de medicina brasileira e tem acervo de mais de mil peças retratando a cultura negra.

Bateu a fome? No mesmo Terreiro de Jesus, O Cravinho é aquele boteco tradicional com várias cachaças aromatizadas e uma famosa porção de moela. Fora do Terreiro de Jesus, o Cuco Bistrô apresenta receitas nordestinas com roupagem moderna e o Restaurante Escola do Senac serve um ótimo bufê de comida baiana.

Em qualquer dos lugares, pule a sobremesa. Deixe para tomar um sorvete em A Cubana, que fica junto ao Elevador Lacerda. Após o sorvete, embarque no elevador e em 20 segundos você chega na parte baixa da cidade.

Quem não abre mão de um souvenir pode visitar o Mercado Modelo. Ou então pode caminhar por 15 minutos (ou pegar um táxi ou carro de aplicativo) até o Museu de Arte Moderna/Solar do Unhão, com um jardim de esculturas e uma linda vista da Baía de Todos os Santos.

O dia termina com visita à Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, famosa pelas coloridas fitinhas que a ladeiam e símbolo maior do sincretismo religioso, quando adeptos do candomblé lavam as escadarias da igreja – nesse caso, um carro é imprescindível, uma vez que o Bonfim está a 9 km do Elevador Lacerda.Um programa extra para esse dia é assistir a uma apresentação do Balé Folclórico da Bahia, que acontece às segundas, quartas e sextas-feiras às 19h, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho.

Dia 2 – Rio Vermelho e Barra

Farol da Barra: bom lugar para apreciar o pôr do sol

De manhã, vá à Casa do Rio Vermelho, a agradável residência do casal de escritores Jorge Amado e Zelia Gattai, que foi transformada em memorial. Meio escondida em uma rua do bairro, ela abre às 10h (de terça-feira a domingo). Com calma, é possível explorar todos os dois mil metros quadrados da casa. A “sala de leitura” guarda exemplares das obras dos escritores em vários idiomas. A “cozinha” exibe apetrechos garimpados nas viagens do casal pelo mundo. As cinzas dos escritores estão depositadas no frondoso jardim da propriedade, onde há pés de manga, sapoti, pitanga e tamarindo, além do “lago dos sapos” – o anfíbio era uma das paixões de Jorge Amado.

Rio Vermelho é um dos points gastronômicos de Salvador, uma ótima pedida para o almoço. Na Casa de Tereza, a chef Tereza Paim mostra toda sua versatilidade em dar toques de alta gastronomia à cozinha baiana. Nas disputadas mesas ao ar livre do Boteco do França, vale provar pratos como a galinhada e o escondidinho.

De tarde, vá conhecer os atrativos da Barra. Enquanto faz a digestão, estique a canga na disputada Praia do Porto da Barra. Localizada na entrada da Baía de Todos os Santos, a pequena faixa de areia concentra moradores, estrangeiros e artistas. Quem sabe você não toma um sol com o Caetano Veloso. Não deixe de tomar um banho nas águas claras e aproveite as piscinas naturais.

No final do dia, é hora de curtir o pôr do sol em um dos grandes cartões-postais da cidade, o Farol da Barra. Dentro fica o Museu Náutico da Bahia.

Dia 3 – Ilha dos Frades

Praia da Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe: premiada pela ótima preservação

Formada por 56 ilhas, a Baía de Todos os Santos é a maior do Brasil e a segunda maior do mundo. A mais bonita é a Ilha dos Frades, que com seus 6 km de extensão em meio à natureza exuberante e lindas praias.

Às 9h da manhã, embarcações deixam o Terminal Turístico Náutico da Bahia – próximo ao Mercado Modelo – e levam 1h40 para chegar na ilha. O desembarque é feito na Praia da Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe, que tem o selo de Bandeira Azul, concedido só a praias muito preservadas. O cenário se complementa com a igrejinha no alto do morro – são 124 degraus até lá e uma vista maravilhosa.

Pertinho de Guadalupe, a Praia da Viração é alcançada por uma rápida trilha e é um ponto mais sossegado.

Uma trilha pela mata, com direito à cachoeira no caminho, leva até a Praia de Paramana, que tem alguns restaurantes e barcos levando até um trecho de piscinas naturais.

A 15 minutos de caminhada de Paramana, a Praia do Loreto tem como estrela uma igrejinha do século 17 praticamente debruçada sobre o mar.

Por volta das 15h30, as embarcações retornam para Salvador.