Que atire o primeiro bombom aquele que resiste a um bom chocolate.
Para quem também ama viajar, saiba que há destinos cheios de museus, lojas, fábricas e fazendas de cacau para mergulhar na história da iguaria, aprender sobre o processo que o fruto passa até se transformar em uma barra e, claro, provar chocolates maravilhosos.
E não estamos falando de qualquer chocolate: nesses lugares há aqueles produzidos com ingredientes orgânicos, feitos com variedades raras de cacau e moldados à mão por chocolatiers famosos da Europa.
Que tal aproveitar este 7 de julho, Dia Mundial do Chocolate, para planejar o seu próximo destino?
Confira a nossa seleção!
No Brasil
Gramado (RS)
A cidade começou a se fazer conhecida pelo doce nos anos 1970, quando abriu a primeira fábrica de chocolate artesanal. Hoje, não dá para falar de Gramado sem pensar em chocolate, que tem tudo a ver com o friozinho do inverno na Serra Gaúcha.
No centro, passe na Casa da Velha Bruxa para tomar um chocolate quente e depois visite lojas-conceito como o Reino do Chocolate, da marca Caracol, que além de vender barras e bombons tem um museu imersivo que conta a história do chocolate. Vale conhecer também o Mundo de Chocolate da marca Lugano, nada menos do que um museu com obras de arte e monumentos do mundo esculpidos em chocolate.
E não pode ficar de fora uma visita à fábrica da Prawer Chocolates, uma das pioneiras na cidade e no Brasil. O tour guiado apresenta as etapas de produção e oferece uma degustação de vários sabores da marca.
Saiba tudo sobre Gramado aqui!
Ilhéus (BA)
A exportação de cacau foi atividade importantíssima na região por grande parte do século 20. Mesmo com os problemas com a praga vassoura-de-bruxa, que afetou muito a produção nos anos 1990, o Sul da Bahia ainda é líder na produção nacional de cacau e, nos últimos tempos, Ilhéus tem recuperado o protagonismo também com produção de chocolate artesanal. Além disso, há construções históricas de fazendas de cacau que prosperaram nos tempos áureos e que hoje sediam tours.
A extravagância dos antigos coronéis do cacau pode ser vislumbrada no centro histórico de Ilhéus, repleto de palacetes. O trecho da BA-262 que liga Ilhéus e Uruçuca é apelidado de Estrada do Chocolate, pontuado por fazendas onde é possível conhecer o processo de produção, do plantio do cacau até a fabricação do chocolate, e comprar e degustar chocolates artesanais. Algumas das mais famosas são a Fazenda Yrerê, a Fazenda Provisão (cujo belo conjunto arquitetônico inclui sede, capela e anexo) e a Fazenda Primavera (cenário da novela Renascer, de 1993, da Rede Globo). Tem ainda a Chocolate Caseiro Ilhéus, primeira fábrica de chocolates caseiros do Nordeste.
Confira um guia completo de Ilhéus aqui!
Na América Latina
Peru
Um dos maiores exportadores de cacau orgânico do mundo, o Peru tem pelo menos cinco regiões produtoras aos pés da Cordilheira dos Andes e na floresta Amazônica. É na fronteira com o Equador que encontra-se uma das variedades mais raras do cacau: o Puro Nacional, que até o começo do século 20 era considerado extinto por pesquisadores.
A tradição é tanta que o país até celebra o Dia do Cacau e do Chocolate Peruano (em 1o de outubro). Mas não precisa esperar até lá para provar e comprar a iguaria. No ChocoMuseo de Cusco, por exemplo, é possível fazer uma série de atividades, entre conhecer a história e o processo de produção do chocolate, participar de um tour pelas plantações dos arredores e até produzir o seu próprio chocolate. A organização tem unidades também em Lima e em Ollantaytambo.
Na capital Lima, aliás, há lojas de marcas como a Quillacao, que tem barras, bombons, nibs, chocolate em pó e outros produtos feitos com cacau orgânico originário do Peru.
Veja o guia completo do Peru aqui!
México
Foi com os maias, durante a colonização do México, que os espanhóis muito provavelmente entraram em contato com o cacau e o levaram para a Europa. A própria palavra “chocolate” deriva da palavra asteca nahuatl tchocolatl, que significa “água amarga” – os maias consumiam o cacau em uma bebida grossa e amarga.
Na cidade de Oaxaca, a Calle Mina é conhecida como a rua dos chocolates, com diversas lojas para experimentar e comprar o produto de diferentes produtores artesanais. Aproveite para experimentar o tejate, bebida ancestral feita com milho, grãos de cacau fermentados, flores de cacau e mamey (uma fruta local).
No estado de Tabasco, maior produtor de cacau do país, há diversas “haciendas” de cacau abertas à visitação. No DRUPA – Museo Interactivo del Chocolate, o cardápio de atividades é vasto: dá para conhecer as plantações, aprender a cortar o cacau e separar os grãos e até marcar uma “chocolaterapia” com massagem.
Acesse o guia completo do México aqui!
Na Europa
Suíça
A fama dos chocolates suíços é justificada. O leite natural da região de Gruyères e a técnica de condensação criada na região são responsáveis pelo reconhecimento de algumas das marcas do país pelo mundo. É possível passear por ali no Trem do Chocolate, que sai de Montreux e chega à uma fábrica de chocolate em Broc. É nessa cidade que fica uma das mais antigas marcas suíças, a Maison Cailler.
Museus, fábricas e lojas de chocolates incríveis podem ser encontradas em todo o país – sejam eles de grandes marcas ou de produção artesanal local. Em Interlaken, a Funky Chocolate Club trabalha com chocolate orgânico em seus diferentes produtos e oferece workshops divertidos para quem quer criar o seu próprio chocolate suíço. Entre as muitas lojas de chocolate de Zurique, a Max Chocolatier, no centro histórico, se destaca pelo cuidado nos produtos feitos à mão, sem conservantes.
E anote na agenda: o Festichoc, na pequena cidade de Versoix, à beira do Lago de Genebra, acontece anualmente entre março e abril e reúne produtores da região em um dia com degustações, workshops, compras e shows.
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Bélgica
Existem mais de 2 mil chocolatiers espalhados pelo pequeno país – 500 deles em Bruxelas, a capital. Por lá, há dois museus dedicados ao chocolate: o Belgian Chocolate Village, que abriga esculturas feitas por chocolatiers e uma estufa com cacaueiros, e o Choco-Sotry Brussels, na Grand-Place, onde é possível assistir a uma demonstração de como os produtos são feitos.
Há várias lojas de marcas famosas na Grand-Place e nas ruas adjacentes, como a Pierre Marcolini e a Neuhaus. Outra instituição da cidade é a Chocolaterie Mary, fundada em 1919 por Mary Delluc, primeira mulher chocolatier no país, e uma das favoritas da família real belga desde 1942.