6 destinos para celebrar o Dia Nacional da Mata Atlântica

Para homenagear a segunda maior floresta brasileira, em 1999 foi criado o Dia Nacional da Mata Atlântica, comemorado em 27 de maio.

Hoje restam pouco mais de 12% de mata nativa, e o dia é um chamado para a importância e a urgência da preservação desse bioma.

Conheça o REprograma CVC: nossas metas em relação à sustentabilidade

A seguir, selecionamos seis lugares para imergir na exuberante vegetação da Mata Atlântica.

6 destinos para celebrar o Dia Nacional da Mata Atlântica:

PETAR (SP)

A Caverna da Teminina lembra um oásis

Poucos lugares do Brasil têm a Mata Atlântica tão preservada quanto a região onde está o Parque Estadual Turístico do Vale da Ribeira (PETAR), no sul do estado de São Paulo, próximo à divisa com o Paraná. Em área de extremo verde, existem mais de 300 cavernas catalogadas – o maior número em uma única área na América Latina – sendo que 14 delas estão abertas à visitação. O parque é dividido em quatro núcleos: Santana, Ouro Grosso e Casa de Pedra, no município de Iporanga, e Caboclos, e Apiaí. A 12 km de Iporanga, o bairro da Serra fica próximo aos três núcleos e tem pousadas e restaurantes. Na bagagem só leve roupas próprias para trilha, pois não há como sair pouco sujo das cavernas: há grutas com cachoeiras, estreitas, com grandes desníveis…sem contar trilhas pela mata fechada e a travessia pelo leito do Rio Betari.

Itacaré (BA)

Itacaré tem litoral recortado e Mata Atlântica preservada

Com 1.100 km de extensão, o litoral baiano apresenta praias longas, muitas delas com falésias. Mas existem algumas exceções, como no trecho que compreende Itacaré, que tem uma orla bem recortada com praias geralmente pequenas, com um belo trecho de Mata Atlântica preservada. Muitas praias de Itacaré são acessadas por trilhas, outra característica pouco comum no litoral baiano. A sequência formada por Itacarezinho (a única praia longa do município), Havaizinho, Engenhoca e Jeribucaçu está entre as melhores do país, todas com abundante presença de Mata Atlântica. Com acesso pelo centro após 50 minutos de caminhada, a Prainha é outra joia de Itacaré.

Ilha Grande (RJ)

Vista aérea da Praia do Cachadaço com 10 m de extensão

Maior ilha da Baía de Angra dos Reis, Ilha Grande é toda tomada pela Mata Atlântica bem conservada. Pela ilha estão distribuídas 113 praias de características bem variadas – algumas são minúsculas, como a belíssima Praia do Cachadaço, com apenas 10 metros de extensão. Ilha Grande tem um eficiente sistema de trilhas: é possível dar uma volta completa na ilha em uma semana, pernoitando em campings e conhecendo várias comunidades caiçaras. Por estarem em uma reserva biológica, para caminhar pelas praias do Sul e do Leste é preciso uma autorização do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) – quem está fazendo a travessia e não tiver a autorização deve alugar um barco. Ilha Grande também é um dos melhores pontos de mergulho do país e a Lagoa Azul, que na verdade é uma grande piscina natural, fica cheia de gente para nadar junto com os peixinhos. 

Cambará do Sul (RS)

Cânion do Itaimbezinho e suas rochas cobertas pela mata

A pequena cidade da Serra Gaúcha marca o encontro dos pampas e suas coxilhas com a Mata Atlântica e sua floresta de araucárias. Cambará do Sul é a sede gaúcha de dois parques nacionais vizinhos, famosos pelos seus cânions monumentais. O Parque Nacional de Aparados da Serra tem como atrativo principal o Cânion do Itaimbezinho e seu paredão com cachoeiras. Há duas trilhas fáceis na parte de cima e uma por dentro do cânion, atravessando o Rio do Boi, com acesso pela catarinense Praia Grande. Próximo, o Parque Nacional da Serra Geral é casa do gigantesco Cânion da Fortaleza, com 8 km de extensão e 940 metros de profundidade. Pertinho do cânion, sai a trilha para a Cachoeira Tigre Preto, alcançada após 40 minutos de caminhada. Além de outros cânions menores nos dois parques, há várias cachoeiras nas imediações de Cambará do Sul, como a Cachoeira dos Venâncios, um conjunto de quatros quedas d’água que despencam do Rio Camisas – a primeira queda tem 100 metros de largura.

Ubatuba (SP)

A beleza da Praia das Toninhas

O trecho entre o litoral norte paulista e sul fluminense é onde a Serra do Mar literalmente se debruça sobre o Oceano Atlântico em um cenário de montanhas cobertas pela exuberante vegetação da Mata Atlântica. Com quase 100 km de extensão, o litoral de Ubatuba destaca-se nesse trecho, especialmente a parte norte que vai do centro até a divisa com o Rio de Janeiro. Na Praia da Fazenda fica a sede do Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, que é o único dos oito núcleos do parque que chega pertinho do mar. Há algumas trilhas curtas em meio à mata, boas para observar pássaros, conhecer cachoeiras e comunidades caiçaras. Vale visitar a Praia de Prumirim, famosa pela cachoeira bem próxima da Rio-Santos, e a Praia do Puruba, muito preservada, acessada por um barquinho que atravessa o Rio Puruba.

Visconde de Mauá (RJ/MG)

Cachoeira do Escorrega: diversão natural em meio a mata

Encravada no meio da Serra da Mantiqueira em uma região repleta de vales e montanhas, Visconde de Mauá impressiona com seu intenso clima bucólico que tanto encanta os casais. Situada na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais – o Rio Preto é o divisor dos dois estados – é formada por três vilas principais: Visconde de Mauá, Maringá e Maromba. Pousadas charmosas e a boa gastronomia são marcas do lugar. Entre o dormir e o comer sobra tempo para conhecer os atrativos da região, cercados pela Mata Atlântica. As cachoeiras do Vale do Alcantilado, Santa Clara e o divertido Escorrega garantem o (geladíssimo) banho em águas cristalinas. Quem tiver bom preparo físico pode encarar a subida Pedra Selada, acessada por uma trilha na mata fechada. A vista de lá de cima é incrível.