Conheça 3 jeitos diferentes de fazer uma viagem para os Lençóis Maranhenses

Fazer uma viagem para os Lençóis Maranhenses significa entrar em contato com uma das maiores belezas do litoral brasileiro: uma paisagem composta por dunas de até 40 metros de altura e maravilhosas lagoas pintadas de tons de azul-turquesa e verde-esmeralda. A melhor época para ir é entre junho e setembro, logo após as chuvas, com as lagoas cheias.

Barreirinhas, a 260 km de São Luís, é a cidade com mais estrutura da região, onde ficam os principais hotéis, restaurantes e agências de passeios. Nos extremos do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, a vila de Atins e a cidade de Santo Amaro se desenvolvem a cada ano e são opções interessantes de base para ver lagoas menos visitadas. Quem tiver espírito aventureiro e explorador, pode fazer um trekking de quatro dias que atravessa o parque. Entenda mais a seguir.

Viagem para os Lençóis Maranhenses com hospedagem em Barreirinhas –
Opção mais fácil e prática

Em uma viagem para os Lençóis Maranhenses, Barreirinhas é a base mais tradicional para conhecer a região. Localizada às margens do Rio Preguiças, a cidade é o endereço de hotéis, pousadas e até pequenos resorts. A Avenida Beira-Rio concentra os principais restaurantes da cidade, com varandas que exibem o visual do Rio Preguiças. 

De Barreirinhas parte a maioria dos passeios em direção ao interior dos Lençóis Maranhenses. O mais famoso é o tour que leva às lagoas Bonita e Azul, as mais visitadas. Outro passeio campeão de vendas é o de lancha pelo Rio Preguiças, visitando os Pequenos Lençóis, a comunidade de Mandacaru, com seu panorâmico farol, e a Praia de Caburé, entre o rio e o mar.

Viagem para os Lençóis Maranhenses com hospedagem dividida entre Santo Amaro e Atins –
Opção mais sossegada

Faz algum tempo que Barreirinhas deixou de ser a única opção de pouso nos Lençóis Maranhenses. Na foz do Rio Preguiças, a comunidade de Atins tem hoje uma porção de pousadinhas charmosas, muitas frequentadas por praticantes de kitesurfe. A maioria tem piscina e ar-condicionado, que funcionam através de geradores (aliás, o celular pode não pegar por lá). Além de caminhar em uma praia deserta, você pode embarcar em passeios de quadriciclo e jardineira por dunas e lagoas e comer o famoso camarão do Canto de Atins.

Apresentada ao Brasil no filme Casa de Areia (2005), com Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, Santo Amaro do Maranhão está no outro extremo do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, a 93 km de Barreirinhas. Nos arredores da cidadezinha fica a Lagoa Gaivota, a maior da região, com água durante o ano todo. A Lagoa Betânia, ao lado do vilarejo homônimo, também recebe muitos visitantes. Hospedar-se em Santo Amaro é ter sossego em meio à natureza. Em relação a Barreirinhas, a infraestrutura é bem menor, mas desde que a estrada de acesso foi asfaltada, em 2018, o número de hospedagens, ainda que sejam bem rústicas, aumentou consideravelmente – a maioria tem restaurante próprio.

Viagem para os Lençóis Maranhenses com travessia do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses –
Opção mais aventureira

Durante o trekking, você tem as lagoas só para você

Quem tiver bom condicionamento físico e desejar uma experiência mais imersiva na região pode optar pelo trekking de três a quatro dias subindo e descendo as dunas e interagindo com os moradores locais. Desse todo, você tem uma infinidade de lagoas só para você, e pode tirar fotos inacreditáveis. O pernoite se dá em casas de simpáticos nativos que oferecem redes e cobertas, almoço e jantar à base de peixe e frango e chuveiro com água fria. A caminhada é feita na areia, descalço ou de meia e papete, com roupas leves e proteção contra o sol. É bom saber que os ventos constantes aliviam o calor.

A aventura geralmente começa com o traslado de barco ou voadeira entre Barreirinhas e Atins. Chegando na comunidade à beira-mar, é servido um almoço e um veículo 4×4 leva até a Lagoa do Caiçara, onde se inicia a caminhada que, neste dia, tem apenas 10 km até a comunidade de Baixa Grande. No segundo dia, a caminhada é de 12 km até a comunidade de Queimada dos Britos. No terceiro, anda-se mais 17 km até o vilarejo de Betânia. Quem quiser pode encerrar e ser buscado ali ou caminhar no dia seguinte mais 14 km até Santo Amaro.