Você sabia que turismo sustentável é diferente de ecoturismo?
Isso mesmo! Esses termos, apesar de parecerem remeter a experiências similares, não representam a mesma coisa. Ecoturismo se refere a viagens que proporcionam contato amplo com a natureza, entre praias, florestas, cavernas, montanhas e outras paisagens. Podem incluir atividades de aventura, como trekking, rafting e mergulho, ou apenas contemplação. Geralmente, há preocupação com a minimização de impactos negativos, a educação e conscientização ambiental, a interação com comunidades locais e a injeção de recursos para a conservação – mas vale lembrar que a gestão desse tipo de viagem varia no Brasil e no mundo, e ainda há muito para melhorar.
O turismo sustentável vai além do ecoturismo, porque não é um nicho de interesse, mas um conceito que orienta todo tipo de viagem, tanto em destinos de natureza quanto em grandes metrópoles. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), turismo sustentável é aquele que leva em consideração seus impactos econômicos, sociais e ambientais atuais e futuros, atendendo às necessidades dos visitantes, da indústria, do meio ambiente e das comunidades anfitriãs.
Perceba que a ideia não é restrita à proteção da natureza, mas também da população do destino. O turismo sustentável preza por respeitar e conservar a autenticidade sociocultural, contribuir para a compreensão e tolerância da diversidade e gerar benefícios socioeconômicos que sejam distribuídos de maneira justa.
Como ser um viajante responsável em destinos de ecoturismo?
Em destinos tão integrados com a natureza, a preocupação com a sustentabilidade deve ser ainda maior, já que comumente fazem parte de ecossistemas naturais delicados e comunidades carentes de renda e infraestrutura.
O Brasil é cheio de destinos de ecoturismo incríveis, como Bonito, Chapada dos Veadeiros, Chapada Diamantina e Jalapão. Veja o que você pode fazer para começar a viajar de forma mais responsável nesses lugares.
Priorizar operadoras de passeios comprometidas com a sustentabilidade
Escolha empresas que se comprometem com as necessidades e interesses da comunidade anfitriã, que apoiam iniciativas de cunho ambiental e humanitário, que trabalham pela redução do lixo e pela educação ambiental, entre outras ações.
Dizer não à exploração animal
Pelo mundo, leões, macacos, baleias, elefantes e diversas outras espécies são submetidos a alojamentos e alimentação inadequados, falta de tratamento veterinário, treinamentos brutos e trabalho forçado que causam mortalidade precoce. Prefira atrações turísticas em que você observa os animais em seu habitat natural, e não em cativeiro.
Viajar na baixa temporada
Falta de água, excesso de lixo e perturbação dos moradores podem ser alguns dos problemas que destinos sofrem por causa de superlotação nas altas temporadas. Uma melhor distribuição de turistas ao longo do ano também ajuda as economias locais (que muitas vezes têm a renda concentrada em determinado período, sendo prejudicadas em outros) e ainda permite que você aproveite as atrações com mais tranquilidade.
Cuide do seu lixo
O acúmulo de lixo é um problemão, junto com as taxas baixíssimas de reciclagem – no Brasil, apenas 4% dos resíduos são reciclados. Por isso, nunca jogue lixo em locais inapropriados, evite o uso de plástico (se puder, prefira latinhas de alumínio, facilmente recicladas) e leve uma garrafinha e um copo reutilizáveis com você.
Dar atenção especial à alimentação
Quando for escolher um restaurante, pesquise e pergunte por aqueles familiares, de empreendedores locais, e que priorizem ingredientes locais. Pelo bem dos animais e do clima, reduzir o consumo de proteína animal ajuda a pressionar por uma produção mais sustentável de alimentos, e é importante ter isso em mente também quando estamos viajando.
Conheça o REprograma CVC: nossas metas em relação à sustentabilidade